As maiores diferenças entre o poruguês brasileiro e o português europeu são fonéticas, ou seja, a forma como se pronunciam as palavras. Mas também existem diferenças na grafia das palavras, como o uso de consoantes mudas (em Portugal, escreve-se "actual" ao invés de "atual"(mas, muitas palavras foram mudadas devido ao novo acordo ortográfico entre os países de língua portuguesa), e até no uso gramatical (o português europeu não usa gerúndio, embora ele exista na gramática).
Algumas diferenças lexicais entre o português brasileiro e o português europeu:
Português brasileiro | Português europeu |
Banheiro | Casa de banho ou quarto de banho |
Grama | Relva |
Aquarela | Aguarela |
Trem | Comboio |
Ônibus | Autocarro |
Célula de Identidade | Bilhete de Identidade (BI) |
Favela | Bairro de Lata |
Maiô | Fato de Banho |
Carteira/carta de motorista | Carta de condução |
Caqui | Dióspiro |
Fazenda | Quinta |
Açougue | Talho |
Suco (de fruta) | Sumo (de fruta) |
Aeromoça | Comissária de bordo ou hospedeira de bordo |
Frentista | Empregado de bomba de gasolina |
Planejar | Planear |
No nível sintático, uma primeira característica geral do português brasileiro é que ele, no que toca ao funcionamento dos pronomes átonos (me, te, se, lhe, o, a, etc) tem uma colocação mais proclítica, não havendo no português europeu.
Este tipo de diferença tem muito a ver com o fato de que as diferenças fonético-fonológicas, levam a um outro ritmo da frase, assim como uma diferença de tonicidade nesses pronomes.
Segundo Galves (2002), a principal característica sintática do português do Brasil, é que ele é uma língua de tópico, diferentemente do português europeu.
Algumas diferênças no nível sintático são:
01) de regra, nenhuma frase pode começar com um pronome oblíquo; de fato, na linguagem falada, isto, também, pode ser admitido: "eu o chamei", mas "chamei-o" (no português europeu o pronome átono segue o verbo em ambos os casos);
02) o pronome átono precede o verbo numa frase negativa ou depois de um pronome relativo: "não faltam, entretanto, exemplos de uso contrário junto aos bons escritores";
03) o gerúndio é usado depois do verbo estar para indicar que uma certa ação está em curso, exatamente como no italiano: "estou escrevendo, estou fazendo" etc. (no português europeu, "estou a escrever, estou a fazer");
04) na língua corrente não se costuma inserir o pronome átono entre os dois membros do futuro do presente e do pretérito, preferindo-se, em todos os casos, fazer preceder o pronome à forma verbal: "eu o comprarei" no lugar de "comprá-lo-ei".
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